Cláusula pétrea

Alckmin, fique o senhor sabendo que o imposto sindical é cláusula pétrea do meu voto. O candidato pode estar pintado de ouro, se defender essa excrescência não terá o meu voto.

O lado errado da história

Obama ganhou o Nobel da Paz só pelo fato de existir.

Trump não vai ganhar um Nobel da Paz mas nem se os dois coreanos se beijarem de língua.

Nada como estar do lado certo ou do lado errado da história.

Correndo por fora

Em determinado momento das eleições de 1989, Afif Domingos apareceu como elemento surpresa, chegando a ficar em 3o lugar nas pesquisas. As baterias voltaram-se para ele, que acabou lá na rabeira.

Em 1994, Eneias surpreendeu a todos com seus 15 segundos de TV, chegando-se a cogitar se não teria condições de chegar ao 2o turno. Ficou em 3o, mas muito distante dos dois primeiros.

Em 2002, foi a vez de Roseana Sarney ameaçar o duopólio PT/PSDB. Chegou a assumir a 2a colocação em algumas pesquisas, mas não sobreviveu ao bombardeio.

Em 2014, Marina chegou a liderar as pesquisas, mas sequer chegou ao 2o turno.

Para aqueles embevecidos ou assustados com a chegada forte de Joaquim Barbosa nas pesquisas, um recado: estamos apenas em abril.

Nanismo diplomático

Assisti ontem Entebe, do José Padilha. Se você relevar algumas mensagens sebosas no meio, é um bom thriller, com excelente ritmo.

Tive curiosidade de ler os jornais da época. Isso que vai aí é a reação da diplomacia brasileira.

Quatro brasileiros (todos judeus) haviam sido libertados na primeira leva. Sendo assim, Azeredo da Silveira não se viu no dever de agradecer ao governo de Israel pela libertação dos reféns. Além disso, deu lição de moral, insinuando que em Israel haveria “cidadãos de segunda classe”, o que simplesmente não corresponde aos fatos.

No final, usa como desculpa o ataque em solo ugandense para não enviar cumprimentos. Como se Idi Amin Dada não tivesse sido cúmplice do sequestro.

A tradição de nanismo diplomático vem de longe.