Intifada
Zé Dirceu está convocando uma intifada no dia 24/01 em Porto Alegre.
Você paga por isto
Nota no Antagonista
“A convenção do Partido Novo em Brasília, que reuniu 700 pessoas ontem à noite, custou R$ 28 mil – incluídos aí o aluguel do espaço, cadeiras de plástico e equipamentos de luz e som.
Cada um pagou sua passagem e hospedagem, assim como a comida – vendida em food trucks no local.
A Convenção do PSDB, no sábado, custou R$ 1,5 milhão e reuniu cerca de mil pessoas. Tudo bancado pelo partido com recurso do fundo partidário.”
O El Cid do PT
El Cid (Rodrigo Díaz de Vivar) foi um nobre e líder militar castelhano na Espanha medieval. Após a sua morte, tornou-se o célebre herói nacional de Castela e o protagonista do mais significativo poema épico medieval, El Cantar de Mio Cid.
El Cid morreu em 1099, no cerco a Valência pelos mouros. Após sua morte, mas ainda durante o cerco de Valência, uma lenda afirma que D. Jimena, esposa do herói, ordenou que o cadáver de El Cid fosse equipado com sua armadura e montado em seu cavalo, para reforçar o moral de suas tropas durante a batalha. Os cavaleiros ganharam, com isso, uma carga imensa de energia contra os assediadores de Valência, em uma batalha catártica de uma guerra perdida.
Lula será o El Cid do PT a partir de 24/01.
PS.: como bem lembrado pelo meu amigo Marco Antônio Silvestre, El Cid é um exemplo de virtude, o exato oposto de Lula. A comparação acima se dá apenas no plano da mistificação, na utilização de um cadáver (e Lula será um cadáver político depois de 24/01) para levantar o moral das tropas do PT.
A Paulista vai ser pequena
24/01, véspera de feriado.
A Paulista vai ser pequena.
O grau do terror de Estado
Em 2002, o ditador iraquiano Sadam Hussein promoveu um referendo sobre a continuidade de seu mandato por mais 7 anos. O resultado: 100% dos iraquianos (mais de 11 milhões de eleitores) votaram ‘sim’. Nem um mísero iraquiano votou pela saída do Amado Líder.
Lembrei disso quando li que Maduro foi vitorioso nas eleições municipais venezuelanas, conquistando o poder em 92% dos municípios.
Quanto maior o terror adotado como política de estado, maiores as vitórias eleitorais obtidas pelo ditador de plantão. Em Cuba, por exemplo, não há dissidência: 100% do povo vota no Partido Único.
Nas eleições americanas de 1984, quando Ronald Reagan ganhou em 49 dos 50 estados, a votação popular foi de 59% para Reagan. Ou seja, na eleição mais hegemônica da história dos EUA, o presidente de plantão teve mais de 40% dos votos contra.
Nas eleições brasileiras de 1974, no auge da ditadura militar, o partido do governo conquistou 203 das 364 cadeiras da Câmara e 6 das 22 cadeiras em disputa para o Senado. Ou seja, 56% dos deputados e 27% dos senadores.
Quando você quiser medir o grau de terror patrocinado pelo Estado em um determinado país, veja o resultado das suas eleições.
Paulo Guedes vai ter trabalho
Empreender, no Brasil, é para os trouxas
Uma juíza do Tribunal Regional do Trabalho do RJ concedeu liminar suspendendo as demissões de professores realizadas pelo Grupo de Ensino Estácio.
Em sua sentença, a meritíssima alegou, entre outros muitos motivos humanitários e sociais, que “o objetivo é apenas aumento de lucro, e não de manutenção dos demais postos de trabalho”.
A empresa alega que fez as demissões porque estes professores recebiam muito mais do que a média de mercado para o mesmo cargo, e contratará outros por salários menores, com os mesmos direitos trabalhistas dos demitidos.
Qual o ponto?
O ponto é que os donos da Estácio podem, amanhã, se quiserem, fechar aquela birosca, pegar o dinheiro e investir em outra coisa que dê menos dor de cabeça e rentabilidade melhor. Neste caso, não serão 1.500 professores na rua, mas 10.000.
Aliás, esses 1.500 professores poderiam se unir e montar uma Faculdade. Basta montar um plano de negócios, convencer investidores da viabilidade deste plano, levantar o dinheiro desses investidores e pagar bons salários a si mesmos. Por que não o fazem? Talvez porque não consigam encontrar investidores que acreditem em um plano de negócios baseado em salários acima da média…
Toda empresa é feita para dar lucro. Quanto? Proporcional ao risco do negócio. Em um país em que a taxa de juros básica é de 7%, qual seria a remuneração para o capital em um negócio em que um juiz impede que você faça a administração de seus recursos humanos?
“Ah, mas educação não é um negócio qualquer, precisamos educar nossos jovens!”
Sim! Outro modelo possível é o Estado bancar os estudos dos jovens. Vemos que deu muito certo com a UERJ, por exemplo, onde os professores são muito bem remunerados, quando acontece de receberem seus salários.
Em outra parte da decisão, a juíza afirma que “a Estácio está em um momento de recuperação financeira e que, portanto, as demissões não estariam sendo motivadas por dificuldades de sobrevivência do negócio, mas sim por aumento da margem de lucro”. Em outras palavras, a juíza, desde o conforto de seu gabinete, se acha capacitada para arbitrar qual o nível “justo” de lucro de uma empresa. Gostaria de ter o poder de arbitrar o salário justo dos juízes. Afinal, a meritíssima não deve estar passando fome, então seu salário parece ser abusivo.
A “queda da qualidade do ensino” e a “precarização dos professores” são outros pontos colocados. Veja: a qualidade é proporcional à mensalidade paga pelos estudantes (essa lógica vale também para as instituições públicas, com a diferença de que a mensalidade – que é bem cara, diga-se de passagem – é paga com os impostos cobrados dos desdentados). Se o salário dos professores é mais alto, a mensalidade deve ser mais alta, o que afastaria uma parte dos alunos.
“Ah, mas é só tirar do lucro da empresa!”
Leia novamente acima: o lucro deve ser tal que compense o risco do empreendimento. Se o lucro for insuficiente, no limite, o empreendedor fecha o negócio. E que fique claro que quem define qual lucro suficiente é o empreendedor, não o juíz.
Tudo isso que vai acima é argumentação econômica, pois a sentença da meritíssima entra nesse mérito. Não há nada na decisão que aponte alguma ilegalidade cometida pela Estácio. A sentença não passa de um arrazoado de considerações sobre “justiça social”, tirada da cabeça da juíza e não das leis do País.
Enfim, mais uma decisão que mostra que empreender no Brasil é para os trouxas. O negócio é ser juiz justiceiro social que caga regra para os empreendedores.
De pé, ó vítimas da fome!
Apoiar a reforma da Previdência (que acaba com privilégios dos funcionários públicos) que é bom, nada.