O grau do terror de Estado

Em 2002, o ditador iraquiano Sadam Hussein promoveu um referendo sobre a continuidade de seu mandato por mais 7 anos. O resultado: 100% dos iraquianos (mais de 11 milhões de eleitores) votaram ‘sim’. Nem um mísero iraquiano votou pela saída do Amado Líder.

Lembrei disso quando li que Maduro foi vitorioso nas eleições municipais venezuelanas, conquistando o poder em 92% dos municípios.

Quanto maior o terror adotado como política de estado, maiores as vitórias eleitorais obtidas pelo ditador de plantão. Em Cuba, por exemplo, não há dissidência: 100% do povo vota no Partido Único.

Nas eleições americanas de 1984, quando Ronald Reagan ganhou em 49 dos 50 estados, a votação popular foi de 59% para Reagan. Ou seja, na eleição mais hegemônica da história dos EUA, o presidente de plantão teve mais de 40% dos votos contra.

Nas eleições brasileiras de 1974, no auge da ditadura militar, o partido do governo conquistou 203 das 364 cadeiras da Câmara e 6 das 22 cadeiras em disputa para o Senado. Ou seja, 56% dos deputados e 27% dos senadores.

Quando você quiser medir o grau de terror patrocinado pelo Estado em um determinado país, veja o resultado das suas eleições.

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