A linguagem é religiosa.
Assumiram de vez a condição de seita.
Apenas um repositório de ideias aleatórias
A linguagem é religiosa.
Assumiram de vez a condição de seita.
R$ 1,5 bilhão.
Guarde esse número.
Um bilhão e quinhentos milhões de reais.
Esse é o montante devolvido à Petrobras até o momento pela operação Lava-Jato.
Lembre desse número quando você ouvir ou ler algum petista, incluindo o chefe de todos, dizendo que a Lava-Jato “ainda não mostrou nenhuma prova da roubalheira”.
Se R$ 1,5 bilhão não é prova, então não sei mais o que pode ser.
Quando vi algumas cenas dessa “reportagem” hoje à tarde, sem som, deduzi que se tratava de mais um capítulo da militância descarada da Globo News em favor dos manos.
Bingo!
Este post trás dados bem interessantes. Vale a leitura!
Mais um relatório Infopen (relatório de informações sobre o sistema penitenciário) divulgado hoje pelo Ministério da Justiça.
Mais uma enxurrada de inverdades nos comentários das ONGs que fazem campanha pelo desencarceramento de criminosos (ou, como elas gostam de dizer, contra o “encarceramento em massa”); sempre, é claro, contando com os bons préstimos da militância ideológica de setores da mídia.
“O Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo”, diz a apresentadora em tom de alarme.
O Brasil tem a quinta maior população do mundo; não é óbvio que tenhamos mais presos do que Portugal ou Bélgica (10 milhões de habitantes cada), por exemplo?
O único índice que faz sentido é o de número de presos por 100 mil habitantes; estamos abaixo da 30a. posição no ranking mundial.
Outra coisa espantosa em matéria de desinformação é apresentar um gráfico comparando número de presos no Brasil, EUA e Índia sem em momento algum mencionar que, nos EUA, são cometidos anualmente 5 homicídios por 100 mil habitantes; na Índia, são menos de 4. No Brasil são 30 – isso mesmo, TRINTA homicídios por 100 mil habitantes, num total que chegou a 61 mil mortos só em 2016, um índice considerado próprio de países em guerra. Isso para não falar do roubo de cargas, saidinhas de banco, roubo de automóveis etc.
Mas talvez o número de crimes cometidos em um determinado país não seja um dado relevante quando se discute o número de criminosos presos nesse mesmo país, não é verdade?
Seguindo firme na tarefa de desinformar o telespectador, o em geral bom repórter Marcelo Cosme, em momento de rara infelicidade, afirma que “fala-se muito em penas alternativas”, mas elas nunca são aplicadas…
As penas alternativas (multa, prestação de serviços à comunidade, etc.) já são aplicadas em mais de 90% dos procedimentos dos juizados especiais criminais; com relação aos presos, de acordo com o próprio Ministério da Justiça, 25% dos internos em nosso sistema carcerário foram presos por roubo (quase sempre à mão armada), 28% por tráfico de drogas (quase todos integrantes de facções criminosas violentíssimas), 10% por homicídio, 3% por latrocínio (roubo com morte), 13% por furto (quase todos reincidentes, pois no furto simples o réu primário tem direito à suspensão do processo), 3% por receptação, 2% por formação de quadrilha…
Quais desses exatamente o repórter acha que mereciam pena alternativa?
A desinformação prossegue com o fingido tom de alarme com que se anuncia que “40% são presos provisórios”, omitindo-se do telespectador que:
1) esse é o mesmo índice de países como Holanda e Itália (sabidamente ditaduras terceiro-mundistas…); na Bélgica o índice é ainda maior;
2) diferentemente de outros países do mundo, onde são classificados como “provisórios” apenas os réus que ainda aguardam julgamento, no Brasil a classificação é estendida para milhares de presos que JÁ foram julgados (e condenados) em primeira instância, mas cujas defesas recorreram da condenação, e portanto aguardam o julgamento do recurso (e depois, do recurso do recurso do recurso etc.).
Mas a medalha de ouro do dia vai para o dirigente de uma tal de “CONECTAS Direitos Humanos”, uma das várias ONGs que combatem o “encarceramento em massa” e defendem os direitos… dos manos. Perguntado pelo repórter se a solução para o problema da superlotação carcerária (problema que inegavelmente existe) seria a construção de novas penitenciárias, o cidadão (morador do país no qual em 92% dos homicídios o assassino não é sequer identificado, que dirá capturado) responde, do alto de sua sabedoria de “especialista”: “Não! A solução é prender MENOS!”
Ano que vem o relatório vai ser divulgado em 1º de abril?
Atualização: sobre o tema, não deixem de assistir ao vídeo do Roberto Motta (link abaixo) https://www.facebook.com/m.rochamonteiro/posts/2411898709035874
O governo gaúcho adiou a oferta de ações do Banrisul por condições técnicas do mercado. Leia-se: ninguém quer comprar essa joça pelo preço que o governo do RS acha que vale.
Hoje, as ações do banco estatal gaúcho valem menos que o valor patrimonial da empresa. Ou seja, os investidores não querem pagar nem pelo valor contábil dos ativos. Para entender: a empresa vale mais se vender todos os seus ativos e fechar as portas.
E por que isso? Simples: para ser sócio do governo gaúcho, os investidores exigem um desconto gigante no preço das ações do banco. E aí, você ingenuamente pergunta: o governo gaúcho não ganharia mais transferindo o controle do banco? No que eu respondo: mais não, MUITO mais. E bota mais nisso.
Mas transferir o controle do banco significa que o governo não terá mais um instrumento para as suas “políticas públicas”. Leia-se: empréstimos para setores amigos, manutenção de agências deficitárias para agradar correligionários, cargos políticos, estabilidade do funcionalismo.
Para manter o controle, em uma decisão que claramente é prejudicial ao povo mais simples, os políticos gaúchos vestem o figurino de defensores do “patrimônio público”, das “riquezas do povo”. Assim, o funcionalismo público continua sem receber seus salários, mas orgulhosamente podem mostrar que são “donos de um banco”. Ok, assim é se assim lhe parece.
A não privatização do Banrisul, a esta altura do campeonato, deveria ser punida como gestão temerária dos recursos públicos, com direito a uma temporada na cadeia.
Graças a mais uma operação da PF, ficamos sabendo que o Estado Brasileiro torrou R$ 30 milhões (trinta milhões de reais) num troço chamado Memorial da Anistia.
Independentemente de ter havido desvio de recursos ou não (parece que a coisa estava orçada inicialmente em R$5 milhões, chegou a R$30 milhões e ainda falta muito para terminar), o grande escândalo não está no desvio, mas no gasto em si.
Em um País com tantas mazelas, consigo pensar em 478 destinos mais prioritários do que um museu destinado a exaltar a luta armada e a defesa da democracia do Partido Único.
Os professores instalados na UFMG e na Comissão da Verdade de MG não veem desta forma: para eles, é mais importante a exaltação dos feitos dos guerrilheiros anistiados do que, sei lá, melhorar a qualidade do ensino básico. Sem surpresas: a batalha no campo das ideias, para “conscientizar o povo”, sem dúvida é a coisa mais importante a ser feita, na visão desses luminares.
O povo? Ah, o povo…
Lembro, quando criança, de ouvir meu avô discutir com meu pai sobre o conflito no Oriente Médio. Lembro do meu avô dizer que a solução era estabelecer um Estado Palestino na Cisjordânia. Não sei precisar a data, mas certamente era a segunda metade da década de 70. Claro que eu não entendia nada daquilo, mas por algum mistério da mente, lembro dessas palavras.
Isso foi há 40 anos. Nada mudou desde então.
Agora, todos os analistas e especialistas estão dizendo que o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel enterrou de vez as negociações de paz e que a radicalização vai tomar conta da região. Como se estivéssemos à beira de conseguir a paz e o radicalismo já não tivesse tomado conta da região.
As críticas ao gambito de Trump parecem mais uma crítica a Trump daqueles que já não gostam dele por princípio do que ao lance em si. Os EUA moveram uma peça no tabuleiro, de modo a tentar sair do impasse que já dura 70 anos.
O prêmio Nobel da Paz teve oito anos para tentar a sua estratégia de “somos todos irmãos” na região, e parece que não funcionou muito bem. Quem sabe não esteja mesmo na hora de mudar de estratégia.
Com a palavra, um dos artífices da maior recessão da história do Brasil, dando lições de como crescer para os gringos.
O deputado Tiririca renunciou à vida pública. Anunciou que não vai concorrer a um terceiro mandato. Sai do Parlamento para voltar ao Circo.
Fez um discurso emocionado. Disse que tem vergonha dos deputados (mas não de todos, fez questão de não generalizar, mas já generalizando). Afirmou que sai de cabeça erguida, pois cumpriu com o seu dever, que foi o de votar pelo povo. Pediu aos deputados que pensassem mais no Brasil, no povo pobre, e não nos seus egos. Que deixassem de brigas e de rixas. Chegou a dizer que sua pobre mãe está internada em um hospital público, pois não tem plano de saúde! (Se o salário de deputado + o salário de artista nacionalmente conhecido não é suficiente para pagar uma Prevent Senior para a mãe, então estamos todos perdidos mesmo).
Tiririca foi eleito duas vezes para o Parlamento brasileiro, em ambas com mais de um milhão de votos. Não estou na cabeça de quem votou nele, mas imagino que tenha sido, principalmente, porque estava cansado dos políticos tradicionais, e Tiririca era uma piada bem adequada para o Congresso que temos. Alguns, inclusive, podem ter pensado que, não sendo um político tradicional, poderia, quem sabe, “fazer algo pelo povo”.
Este foi, aliás, o mote do discurso de despedida de Tiririca: ele fez algo pelo povo, povo este esquecido pela maior parte dos parlamentares.
Se eu fosse escolher um exemplo de discurso demagógico, seria este. Discurso de quem não entendeu como funciona a política e acha que tem a solução de todos os problemas do país: basta “não pensar em si mesmo e pensar no povo”.
Certa vez, ouvi Mario Covas dizer que se orgulhava de sua condição de Político. Assim mesmo, com P maiúsculo. O que é um Político? O que é a Política?
Política é a arte da conciliação de interesses divergentes.
Veja: se em uma casa, dentro de uma família, muitas vezes é difícil fazer convergir a opinião sobre um programa a se fazer, sobre o que comer, enfim, sobre tantas coisas, imagine em grupos maiores. Imagine, enfim, em um país, com tantas cabeças com ideias diferentes. E isso porque, em uma casa, não há democracia: pai e mãe mandam, ainda que, com sabedoria, possam escutar os filhos.
Em uma democracia, é preciso se chegar a maiorias. Para isso, o formato consagrado é a existência de um Parlamento, eleito diretamente pelo povo. Estes são os representantes que refletirão as diversas ideias do que é bom ou ruim para o povo.
Tiririca acha que fez um bom trabalho simplesmente porque compareceu a todas as sessões e sempre votou “a favor do povo”. Não entendeu nada. Fazer política não é o mesmo que trabalhar em uma fábrica, onde o operário padrão não falta e encaixa uma peça na outra com perfeição. Fazer política é procurar juntar uma maioria em torno de suas ideias. Conversar, discursar, propor, compor. Estar de corpo presente e apertar um botão nas votações é a menor parte desse trabalho.
Tiririca, na verdade, fraudou o voto que recebeu. Seu único discurso no Parlamento foi este último, em que anunciou sua saída da vida pública. Saída de um lugar onde nunca verdadeiramente entrou. Pois nunca foi um Político com P maiúsculo. Foi somente um puxador de votos, papel a que se prestou com prazer.
Sua pretensão de ter votado sempre com o povo é a mesma de todos os parlamentares: todos acham que estão votando pelo povo. Na verdade, todo mundo acha que suas ideias são as melhores. E é para isso que existe o Parlamento: para o embate entre as melhores ideias de todo mundo. Pretender ser o único que votou sempre “pelo povo” é quase uma pretensão messiânica.
Claro, há bandidos, pessoas ruins. Como as há em qualquer ramo profissional. É da natureza humana. Somos homens, não anjos. A solução para isso não é apelar para que “esqueçam seu ego” e “façam algo pelo povo”. Isso é pedir um super-homem, coisa que não se pede em outras profissões. Coisa que só existe como pretensão em regimes totalitários.
Não melhoraremos a qualidade do Parlamento com super-homens ou com anjos. A solução passa por consertar a estrutura de incentivos perversos vigente. Quanto mais estatais e ministérios e cargos de confiança houver, maior será o toma-lá-dá-cá. Quanto menos dessas sinecuras houver, menor será a atração para políticos que querem se locupletar.
Tiririca se coloca como o homem humilde que tentou fazer alguma coisa pelos pobres, mas foi triturado pela máquina. Na verdade, foi um embuste, um cacareco que se levou a sério, mas não estava minimamente preparado para fazer Política. Já vai tarde.
A defesa de Lula reclama da “celeridade extraordinária” do TRF4 na apreciação da apelação de Lula. Da mesma forma, a imprensa amiga e os petistas de todos os quadrantes medem com régua e esquadro os dias, as horas e os minutos entre a chegada da sentença em 1a instância e o voto do relator, desembargador João Pedro Gebran Neto.
Não entendo.
Esse pessoal todo jura que Lula é inocente, e que Sérgio Moro o estaria perseguindo.
Assim, deveriam estar torcendo para que o processo estivesse andando o mais rapidamente possível.
Para que, quanto antes, Lula pudesse se livrar desse processo injusto. É o que faria qualquer pessoa que se considerasse inocente.
Mas não é o que temos.
Não consigo pensar em confissão de culpa mais eloquente.
Um doce para quem conseguir decifrar este artigo.
Meu palpite é de que se trata de uma crítica aos que acreditam que a matemática seja uma ciência exata. Mas não estou bem certo.
Pelo menos, a uma conclusão eu cheguei: lendo este artigo, fica fácil de entender porque a tal “Nova Matriz Econômica” não tinha como dar bom resultado. Suas bases teóricas (se é que isso existe) não passam de uma glossolalia ininteligível, procurando dar um verniz de erudição à simples revolta contra “ tudo isso que está aí”. Brizola talvez tenha sido o último político capaz de traduzir essa gororoba para o povo. Lula nunca acreditou nessa bobajada. E Dilma não era ininteligível à toa: não é pra qualquer um traduzir essa tempestade cerebral.
Ciro Gomes é quem atualmente está tentando trazer para o mundo real esse turbilhão de ideias peregrinas. Para o bem de todos, é melhor que não consiga.