Hora de mudar de estratégia
Lembro, quando criança, de ouvir meu avô discutir com meu pai sobre o conflito no Oriente Médio. Lembro do meu avô dizer que a solução era estabelecer um Estado Palestino na Cisjordânia. Não sei precisar a data, mas certamente era a segunda metade da década de 70. Claro que eu não entendia nada daquilo, mas por algum mistério da mente, lembro dessas palavras.
Isso foi há 40 anos. Nada mudou desde então.
Agora, todos os analistas e especialistas estão dizendo que o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel enterrou de vez as negociações de paz e que a radicalização vai tomar conta da região. Como se estivéssemos à beira de conseguir a paz e o radicalismo já não tivesse tomado conta da região.
As críticas ao gambito de Trump parecem mais uma crítica a Trump daqueles que já não gostam dele por princípio do que ao lance em si. Os EUA moveram uma peça no tabuleiro, de modo a tentar sair do impasse que já dura 70 anos.
O prêmio Nobel da Paz teve oito anos para tentar a sua estratégia de “somos todos irmãos” na região, e parece que não funcionou muito bem. Quem sabe não esteja mesmo na hora de mudar de estratégia.
Lugar de fala
Com a palavra, um dos artífices da maior recessão da história do Brasil, dando lições de como crescer para os gringos.
Maldito Trump!
Trump retirou os EUA da UNESCO.
Maldito Trump!
Mas aí você vai ler, e descobre que a UNESCO já não recebe verbas dos EUA desde 2011, quando Obama embargou verbas para a entidade.
Uma Grande China
Tenho lido várias análises em veículos como Wall Street Journal, Bloomberg e Financial Times, afirmando que a nova política de imigração de D Trump terá consequências mais catastróficas para a economia americana do que o choque de um asteroide ou o Big One, o temido terremoto causado pela falha de St Andreas, na Califórnia.
Convenhamos: considerar que a economia americana vai ficar de joelhos porque não poderá mais contar com imigrantes ilegais para limpar latrinas e bumbuns de nenês, é a admissão de que o mundo desenvolvido não passa de uma Grande China, que não sobrevive sem sub-empregados.