Mais alguma ideia?

Gleisi Hoffman afirma que o PT “não vai aceitar com normalidade” a prisão de Lula. Ao mesmo tempo, descarta “insurreições” ou “grandes mobilizações”, provavelmente porque sabe que mobilizaria a meia dúzia dos mesmos gatos pingados de sempre. Mas diz que não vai aceitar “calmamente”.

Fiquei cá imaginando com meus botões o que Gleisi e o PT poderiam fazer para externar sua revolta, sem “insurreições” ou “grandes mobilizações”. Poderiam, talvez:

– Tirar as calças e pisar em cima

– Prender a respiração até ficar roxo

– Beliscar o coleguinha de partido

– Soltar fedidinho no STF

Mais alguma ideia?

Barbeiragem

Sai mais barato jogar US$ 150 milhões no lixo e começar do zero.

Acreditem: o desperdício de dinheiro em políticas megalomaníacas dos governos petistas é muito, mas muito maior, do que a roubalheira.

Infelizmente, desperdício de dinheiro público não é crime tipificado. Caso fosse, Lula e Dilma pegariam prisão perpétua.

Nenhuma novidade

Nenhuma novidade. O PT não reconheceu nenhum presidente do período democrático, pediu o impeachment de todos.

Por coerência deveriam abrir mão de participar das eleições. Veremos.

A vontade do Fuhrer

Deputados petistas ouviram do presidente do TRF-4, a quem fizeram uma “visita de cortesia”, que juízes do tribunal estão sendo ameaçados e alguns, inclusive, retiraram suas famílias da cidade. Os deputados petistas garantiram que não há qualquer orientação nesse sentido. Bem, só faltava admitirem que houve!

Essa situação me faz lembrar um traço da Alemanha hitlerista muito bem descrita por Ian Kershaw em sua monumental biografia de Hitler.

Kershaw, em vários pontos do livro, chama a atenção para o fato de que não há uma ligação clara entre Hitler e certas iniciativas de seus auxiliares da SS. Não se encontra uma ordem expressa para a “Noite dos Cristais”, por exemplo. Mas Kershaw define um conceito que perpassa essas ações: “cumprir a vontade do Führer”. Os auxiliares estavam sempre prontos a interpretar a vontade de Hitler através das entrelinhas de seus discursos, de seus gestos, das suas palavras casuais. Não era necessária uma ordem expressa e direta, bastava o “clima”. E a não condenação posterior de Hitler aos atos de seus auxiliares era vista como uma aprovação, como tinha de ser.

Normalmente não gosto de argumentos ‘reductio ad hitlerum’ pois geralmente supersimplificam de maneira grosseira a discussão, mas neste caso não resisti. O PT não precisa orientar ações de terrorismo desse tipo. Basta o clima de confronto institucional criado por Lula e seu partido para que a “vontade do partido” seja interpretada por seus militantes.

Há bandidos em todos os partidos. O que diferencia o PT, no entanto, é o confronto aos operadores da justiça, minando os fundamentos mesmos da democracia. Fica claro que, se o partido pudesse, transformaria isso aqui em uma grande Venezuela.

Nas mãos erradas

Um brasileiro está preso no DOPS venezuelano.

O apoio do PT ao regime de Maduro é só mais uma evidência de que intelectuais e militantes petistas condenavam o DOPS brasileiro não porque se tratasse de algo desumano, mas porque estava nas mãos erradas.