A conta sempre chega

O Valor de sexta, caderno do fim de semana, traz reportagem sobre a penúria da UERJ.

A Veja deste fim de semana traz reportagem sobre a matança de policiais militares no RJ. Morreram quatro vezes mais PMs no RJ do que em SP neste ano.

O Rio é o exemplo do que estaria acontecendo no Brasil se o governo não tivesse capacidade de se endividar ou, no limite, não tivesse o monopólio da impressão do seu próprio dinheiro. O Brasil, assim como o Rio e grande parte dos entes federativos, está quebrado. A coisa só funciona porque, por algum motivo, os credores continuam a dar um voto de confiança na capacidade do país de pagar a sua dívida.

Se o Rio pudesse emitir sua própria dívida, ou imprimir o seu próprio dinheiro, os salários dos professores da UERJ estariam em dia, e os PMs talvez não estivessem morrendo feito moscas. Parece uma solução, mas é só um problema adiado. Um dia, o dinheiro perde o seu valor com a inflação, e os credores perdem a paciência, e exigem o seu dinheiro de volta.

O Brasil está apenas adiando o problema, luxo a que o Rio não se pode permitir. Mas um dia a conta chega. Sempre chega.

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