A última pesquisa BTG Pactual acaba de ser publicada. A única coisa que chama a atenção é a subida de Haddad, de 16% para 23%, alimentando-se das quedas de Ciro, Marina e indefinidos. Haddad, assim, consolida-se como adversário de Bolsonaro no 2o turno.
Gosto de ver as menções espontâneas, que indicam certeza de voto. E porque, afinal, diante da urna, a votação é espontânea, não há lista de candidatos.
Na pesquisa anterior ao início da campanha, no final de agosto, Haddad tinha zero menções, Bolsonaro tinha 19% e Lula, 26%. Os outros candidatos somavam 10%, enquanto brancos, nulos e indecisos totalizavam 45%. Ou seja, há um mês, quase metade dos eleitores não tinha um candidato de coração.
Hoje, Lula e os não-votos caíram, respectivamente, 24 e 13 pontos percentuais em relação àquela pesquisa. Subiram todos os candidatos: Bolsonaro (+12, para 31%), Haddad (+17, para 17%) e todos os outros (+8, para 18%).
Ou seja, dos 24 pontos espontâneos que deixaram de ser de Lula, 70% migraram para Haddad. É bastante, muito mais do que eu imaginava. Eu errei ao avaliar a capacidade de transferência de Lula.