Danilo Gentili fez uma enquete no Twitter, perguntando sobre como as pessoas haviam conhecido Bolsonaro.
Não contei, mas acho que metade das respostas foram na linha da que vai abaixo: o vídeo da Maria do Rosário. E muitos testemunhos são de mulheres.
Quando os adversários, e principalmente Alckmin, usavam este vídeo para atacar a misoginia de Bolsonaro, o efeito foi o contrário. Porque Maria do Rosário não representa as mulheres, representa a impunidade.
As pessoas comuns simplesmente não estão ligadas nessa coisa de gênero, ou de raça, ou de opção sexual. As pessoas comuns querem saber o que o candidato pensa sobre os assuntos que lhe importam. E no país onde temos 65 mil assassinatos por ano, a segurança pública é um assunto que verdadeiramente importa.
Grande parte das respostas que não mencionam esse vídeo ainda assim se referem a outras passagens de Bolsonaro descascando os “vagabundos”, como ele carinhosamente chama os bandidos. As pessoas comuns se identificam com alguém que dá nome aos bois.
Intelectuais, jornalistas, artistas se horrorizam. Alckmin, Haddad e os outros candidatos acharam que o brasileiro comum também se horrorizaria. Não só não se horrorizou como se identificou. Se você ficou horrorizado com essa postura do brasileiro comum, então torça para que o governo Bolsonaro consiga diminuir os índices de criminalidade. Senão, a coisa é daí pra baixo.