Evo Morales golpista

Vamos deixar claro: foi Evo Morales que tentou mais um golpe na Bolívia. O exército só disse “enough is enough”.

Evo passou uma legislação em 2009 permitindo somente dois mandatos consecutivos. Só havia duas leituras possíveis: ou ele poderia concorrer somente mais uma vez (como fez FHC aqui), ou não poderia concorrer novamente, dado que a legislação sob a qual ele se elegeu não permitia reeleição. O tribunal constitucional (controlado obviamente por Evo) inventou uma terceira interpretação: a nova legislação inaugurava uma nova era, então Evo poderia concorrer mais duas vezes, o que de fato ocorreu.

Em 2016, já ao final de seu 3o mandato, Evo patrocinou um referendo para aprovar reeleições infinitas. Perdeu, mas o tribunal constitucional cancelou o resultado do referendo, dizendo que impedir a reeleição era um “atentado contra os direitos humanos”. Como se vê, não é só o nosso STF que é criativo.

Com o direito achado na rua de concorrer mais uma vez, Evo foi para a sua 4a eleição consecutiva. A contagem de votos foi interrompida quando totalizavam 83% dos votos apurados e indicavam um 2o turno, e foram retomados quando totalizavam 95% dos votos, indicando vitória de Evo no 1o turno. Relatório da OEA afirma que é “estatisticamente impossível” que isso tenha acontecido. Houve fraude, em uma eleição da qual Evo nem tinha o direito de participar.

Evo é o golpista. Que fique muito claro.

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