O “amor” ao povo

O PSTU defende a reestatização da Embraer “como única saída para a sobrevivência da empresa”. Que o PSTU (e todos os seus irmãos de armas, PSOL, PCdoB, etc) defendem a estatização de todas as empresas não é novidade. O interessante, no caso, é o reconhecimento de que a empresa não tem como sobreviver a não ser tendo o Estado como acionista majoritário.

Hoje, isso é uma verdade. A união com a Boeing, que seria a forma mais eficiente de manter a competitividade da empresa em jatos de médio porte ao longo dos próximos anos, fez água. A pandemia selou o caixão. A Embraer que sobra é muito menor que a empresa de antes. Daí o PDV.

Debaixo do Estado, no entanto, a coisa muda. Todos os sonhos são possíveis. Inclusive porque a capitalização de estatais não está submetida ao teto de gastos. No ano passado, Bolsonaro capitalizou a Engeprom para fabricar os brinquedinhos da Marinha. Por que não capitalizar a Embraer para fabricar os brinquedinhos da Aeronáutica?

O que fica claro nessa história é que PSTU e seus irmãos querem que o Estado brasileiro subsidie empregos altamente qualificados com os impostos pagos pelos desdentados. De maneira geral, esses partidos defendem os empregados do Estado com unhas e dentes, empregados estes que recebem muito acima da média de renda do “povo” que veementemente dizem defender.

Esses partidos gostam não do povo, mas da máquina do Estado.

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