Pastore é aquele cara chato que repete toda semana as mesmas coisas. Quem o lê semanalmente, não encontra nenhuma novidade. Mas, se o que ele diz não é original, não deixa de ser uma verdade inconveniente: vamos ter inflação se não resolvermos a questão do equilíbrio fiscal.
Bolsonaro está navegando em um aumento de popularidade impulsionado pelo grande ganho de renda (vide meu post anterior) proporcionado pelo auxílio emergencial. Só tem um detalhe: este ganho de renda está provocando alta da inflação de alimentos, item que pesa mais justamente na cesta de consumo de quem recebe o auxílio. Por enquanto está tudo bem, pois o ganho de renda mais que paga a alta dos preços.
O governo Bolsonaro está diante de um dilema: ou continua pedalando a bicicleta ou para de maneira controlada. Na primeira hipótese, a bicicleta vai parar de qualquer jeito, mas provavelmente com o povo brasileiro se esborrachando no chão, vítima da inflação fora de controle e recessão. Vivemos isso no biênio 2015-16.
Em ambas as hipóteses Bolsonaro perderá popularidade. Resta saber de que modo ele escolherá fazê-lo.