O banco sem banqueiro

Marco Maia, a exemplo de Lula e tantos outros, era um torneiro mecânico que se envolveu com o sindicalismo e, daí, saltou para a vida partidária. Elegeu-se deputado federal pelo RS em 2006 e permaneceu na Câmara dos Deputados por três legislaturas. Foi eleito presidente da Câmara em 2011, primeiro ano do mandato de Dilma, quando o PT ainda dava todas as cartas.

No entanto, Marco Maia foi varrido junto com a onda anti-petista nas eleições de 2018, tendo obtido apenas um terço dos votos que havia angariado em 2014. Sem cargo, o que fazer? Lamuriar-se num canto? Nada disso! Marco Maia foi à luta e decidiu ser… banqueiro!

Reportagem de hoje traz o novo empreendimento de Marco Maia: o LeftBank, um banco sem banqueiro, segundo a propaganda. Assim é se assim lhe parece.

Maia não esconde o jogo: seu objetivo é utilizar a grife “esquerda” para angariar clientes.

Há uma ligação sentimental, um instinto de pertencimento dessas pessoas que se identificam com a esquerda, que Maia quer explorar. Quem diria que a esquerda, sempre tão identificada pela luta contra o consumismo capitalista, virasse grife para atrair consumidores. E de um banco que não é estatal! Esse mundo está de pernas para o ar mesmo.

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