Fui olhar agora no site do Tesouro como funciona esse título (Tesouro RendA+). Ao contrário do que publiquei no final do ano passado (conforme havia entendido da reportagem), este título paga taxa de juros além da inflação durante o período de amortização, ou seja, quando você recebe o seu investimento de volta em prestações mensais. Portanto, a sua taxa de juros pode ser comparada diretamente com a taxa de juros dos títulos Tesouro IPCA normais.
O que vai diferenciar este investimento de um PGBL, por exemplo, é a questão fiscal. O PGBL tem a vantagem da dedutibilidade da base de cálculo do Imposto de Renda, ou seja, há uma postergação do pagamento do Imposto de Renda. E pode, inclusive, haver economia de IR, se o regime for regressivo (alíquotas menores com o passar do tempo), sendo de 10% a menor alíquota possível. No caso do Tesouro RendA+, a menor alíquota será de 15% sobre a renda obtida. Por outro lado, o PGBL costuma ser mais caro (maior taxa de administração) do que o Tesouro Direto. Então, é difícil, de antemão, calcular qual é o mais vantajoso. A vantagem do Tesouro RendA+ é a sua disciplina: você recebe os seus pagamentos mensais durante 20 anos após o vencimento, impondo uma certa disciplina para o seu fluxo de caixa.
Enfim, trata-se de uma boa iniciativa, mas parece pouco provável que um grande número de poupadores tenham a disciplina suficiente para aproveitar ao máximo o que este título tem para oferecer.
De fato, é uma excelente iniciativa. Enquanto isso, o “glorioso” FGTS deveria render ao menos SELIC…