Eliane Catanhêde resume bem a histeria que tomou conta dessa eleição. Não a conservadora, mas a dos jornalistas e intelectuais.
O artigo é todo ele uma ode ao autoritarismo. E o pior, a jornalista nem se dá conta disso!
Pelo raciocínio da jornalista, no qual é seguido por grande parte da elite bem-pensante brasileira, os evangélicos formariam uma espécie de gado no pasto, pronto a seguirem a orientação de seus pastores. Não teriam discernimento próprio, seriam massa de manobra.
Por que esse raciocínio tem viés autoritário? Porque parte do pressuposto de que é necessária uma autoridade que tome decisões em nome dos subordinados. Os votos na urna são mera formalidade, na medida em que Edir Macedo e os outros pastores já tomaram a sua decisão.
Eu sou firmemente democrata. Acredito no discernimento do povo. Tanto quando elegeu Dilma, quanto agora, quando, tudo indica, irá eleger Bolsonaro. Os pastores não lideram, estão a reboque do sentimento de seus comandados. Não fosse isso, Edir Macedo não teria apoiado Lula em seus dois mandatos.
No fundo, Eliane Catanhêde e seus colegas não admitem outro voto que não naqueles que representam “a luz”, “a verdade”, “o bem”. Luz, verdade e bem sob o critério deles, que fique bem entendido.
Essa histeria (para usar a mesma palavra) do WhatsApp vai na mesma linha. Mas isso fica para o próximo post.