O El Cid do PT

El Cid (Rodrigo Díaz de Vivar) foi um nobre e líder militar castelhano na Espanha medieval. Após a sua morte, tornou-se o célebre herói nacional de Castela e o protagonista do mais significativo poema épico medieval, El Cantar de Mio Cid.

El Cid morreu em 1099, no cerco a Valência pelos mouros. Após sua morte, mas ainda durante o cerco de Valência, uma lenda afirma que D. Jimena, esposa do herói, ordenou que o cadáver de El Cid fosse equipado com sua armadura e montado em seu cavalo, para reforçar o moral de suas tropas durante a batalha. Os cavaleiros ganharam, com isso, uma carga imensa de energia contra os assediadores de Valência, em uma batalha catártica de uma guerra perdida.

Lula será o El Cid do PT a partir de 24/01.

PS.: como bem lembrado pelo meu amigo Marco Antônio Silvestre, El Cid é um exemplo de virtude, o exato oposto de Lula. A comparação acima se dá apenas no plano da mistificação, na utilização de um cadáver (e Lula será um cadáver político depois de 24/01) para levantar o moral das tropas do PT.

O grau do terror de Estado

Em 2002, o ditador iraquiano Sadam Hussein promoveu um referendo sobre a continuidade de seu mandato por mais 7 anos. O resultado: 100% dos iraquianos (mais de 11 milhões de eleitores) votaram ‘sim’. Nem um mísero iraquiano votou pela saída do Amado Líder.

Lembrei disso quando li que Maduro foi vitorioso nas eleições municipais venezuelanas, conquistando o poder em 92% dos municípios.

Quanto maior o terror adotado como política de estado, maiores as vitórias eleitorais obtidas pelo ditador de plantão. Em Cuba, por exemplo, não há dissidência: 100% do povo vota no Partido Único.

Nas eleições americanas de 1984, quando Ronald Reagan ganhou em 49 dos 50 estados, a votação popular foi de 59% para Reagan. Ou seja, na eleição mais hegemônica da história dos EUA, o presidente de plantão teve mais de 40% dos votos contra.

Nas eleições brasileiras de 1974, no auge da ditadura militar, o partido do governo conquistou 203 das 364 cadeiras da Câmara e 6 das 22 cadeiras em disputa para o Senado. Ou seja, 56% dos deputados e 27% dos senadores.

Quando você quiser medir o grau de terror patrocinado pelo Estado em um determinado país, veja o resultado das suas eleições.

Empreender, no Brasil, é para os trouxas

Uma juíza do Tribunal Regional do Trabalho do RJ concedeu liminar suspendendo as demissões de professores realizadas pelo Grupo de Ensino Estácio.

Em sua sentença, a meritíssima alegou, entre outros muitos motivos humanitários e sociais, que “o objetivo é apenas aumento de lucro, e não de manutenção dos demais postos de trabalho”.

A empresa alega que fez as demissões porque estes professores recebiam muito mais do que a média de mercado para o mesmo cargo, e contratará outros por salários menores, com os mesmos direitos trabalhistas dos demitidos.

Qual o ponto?

O ponto é que os donos da Estácio podem, amanhã, se quiserem, fechar aquela birosca, pegar o dinheiro e investir em outra coisa que dê menos dor de cabeça e rentabilidade melhor. Neste caso, não serão 1.500 professores na rua, mas 10.000.

Aliás, esses 1.500 professores poderiam se unir e montar uma Faculdade. Basta montar um plano de negócios, convencer investidores da viabilidade deste plano, levantar o dinheiro desses investidores e pagar bons salários a si mesmos. Por que não o fazem? Talvez porque não consigam encontrar investidores que acreditem em um plano de negócios baseado em salários acima da média…

Toda empresa é feita para dar lucro. Quanto? Proporcional ao risco do negócio. Em um país em que a taxa de juros básica é de 7%, qual seria a remuneração para o capital em um negócio em que um juiz impede que você faça a administração de seus recursos humanos?

“Ah, mas educação não é um negócio qualquer, precisamos educar nossos jovens!”

Sim! Outro modelo possível é o Estado bancar os estudos dos jovens. Vemos que deu muito certo com a UERJ, por exemplo, onde os professores são muito bem remunerados, quando acontece de receberem seus salários.

Em outra parte da decisão, a juíza afirma que “a Estácio está em um momento de recuperação financeira e que, portanto, as demissões não estariam sendo motivadas por dificuldades de sobrevivência do negócio, mas sim por aumento da margem de lucro”. Em outras palavras, a juíza, desde o conforto de seu gabinete, se acha capacitada para arbitrar qual o nível “justo” de lucro de uma empresa. Gostaria de ter o poder de arbitrar o salário justo dos juízes. Afinal, a meritíssima não deve estar passando fome, então seu salário parece ser abusivo.

A “queda da qualidade do ensino” e a “precarização dos professores” são outros pontos colocados. Veja: a qualidade é proporcional à mensalidade paga pelos estudantes (essa lógica vale também para as instituições públicas, com a diferença de que a mensalidade – que é bem cara, diga-se de passagem – é paga com os impostos cobrados dos desdentados). Se o salário dos professores é mais alto, a mensalidade deve ser mais alta, o que afastaria uma parte dos alunos.

“Ah, mas é só tirar do lucro da empresa!”

Leia novamente acima: o lucro deve ser tal que compense o risco do empreendimento. Se o lucro for insuficiente, no limite, o empreendedor fecha o negócio. E que fique claro que quem define qual lucro suficiente é o empreendedor, não o juíz.

Tudo isso que vai acima é argumentação econômica, pois a sentença da meritíssima entra nesse mérito. Não há nada na decisão que aponte alguma ilegalidade cometida pela Estácio. A sentença não passa de um arrazoado de considerações sobre “justiça social”, tirada da cabeça da juíza e não das leis do País.

Enfim, mais uma decisão que mostra que empreender no Brasil é para os trouxas. O negócio é ser juiz justiceiro social que caga regra para os empreendedores.

R$ 1,5 bilhão

R$ 1,5 bilhão.

Guarde esse número.

Um bilhão e quinhentos milhões de reais.

Esse é o montante devolvido à Petrobras até o momento pela operação Lava-Jato.

Lembre desse número quando você ouvir ou ler algum petista, incluindo o chefe de todos, dizendo que a Lava-Jato “ainda não mostrou nenhuma prova da roubalheira”.

Se R$ 1,5 bilhão não é prova, então não sei mais o que pode ser.

O mito do desencarceramento

Quando vi algumas cenas dessa “reportagem” hoje à tarde, sem som, deduzi que se tratava de mais um capítulo da militância descarada da Globo News em favor dos manos.

Bingo!

Este post trás dados bem interessantes. Vale a leitura!


Da página de Marcelo Rocha Monteiro

Mais um relatório Infopen (relatório de informações sobre o sistema penitenciário) divulgado hoje pelo Ministério da Justiça.

Mais uma enxurrada de inverdades nos comentários das ONGs que fazem campanha pelo desencarceramento de criminosos (ou, como elas gostam de dizer, contra o “encarceramento em massa”); sempre, é claro, contando com os bons préstimos da militância ideológica de setores da mídia.

“O Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo”, diz a apresentadora em tom de alarme.

O Brasil tem a quinta maior população do mundo; não é óbvio que tenhamos mais presos do que Portugal ou Bélgica (10 milhões de habitantes cada), por exemplo?

O único índice que faz sentido é o de número de presos por 100 mil habitantes; estamos abaixo da 30a. posição no ranking mundial.

Outra coisa espantosa em matéria de desinformação é apresentar um gráfico comparando número de presos no Brasil, EUA e Índia sem em momento algum mencionar que, nos EUA, são cometidos anualmente 5 homicídios por 100 mil habitantes; na Índia, são menos de 4. No Brasil são 30 – isso mesmo, TRINTA homicídios por 100 mil habitantes, num total que chegou a 61 mil mortos só em 2016, um índice considerado próprio de países em guerra. Isso para não falar do roubo de cargas, saidinhas de banco, roubo de automóveis etc.

Mas talvez o número de crimes cometidos em um determinado país não seja um dado relevante quando se discute o número de criminosos presos nesse mesmo país, não é verdade?🤔🤔

Seguindo firme na tarefa de desinformar o telespectador, o em geral bom repórter Marcelo Cosme, em momento de rara infelicidade, afirma que “fala-se muito em penas alternativas”, mas elas nunca são aplicadas…😳

As penas alternativas (multa, prestação de serviços à comunidade, etc.) já são aplicadas em mais de 90% dos procedimentos dos juizados especiais criminais; com relação aos presos, de acordo com o próprio Ministério da Justiça, 25% dos internos em nosso sistema carcerário foram presos por roubo (quase sempre à mão armada), 28% por tráfico de drogas (quase todos integrantes de facções criminosas violentíssimas), 10% por homicídio, 3% por latrocínio (roubo com morte), 13% por furto (quase todos reincidentes, pois no furto simples o réu primário tem direito à suspensão do processo), 3% por receptação, 2% por formação de quadrilha…

Quais desses exatamente o repórter acha que mereciam pena alternativa?

A desinformação prossegue com o fingido tom de alarme com que se anuncia que “40% são presos provisórios”, omitindo-se do telespectador que:

1) esse é o mesmo índice de países como Holanda e Itália (sabidamente ditaduras terceiro-mundistas…); na Bélgica o índice é ainda maior;

2) diferentemente de outros países do mundo, onde são classificados como “provisórios” apenas os réus que ainda aguardam julgamento, no Brasil a classificação é estendida para milhares de presos que JÁ foram julgados (e condenados) em primeira instância, mas cujas defesas recorreram da condenação, e portanto aguardam o julgamento do recurso (e depois, do recurso do recurso do recurso etc.).

Mas a medalha de ouro do dia vai para o dirigente de uma tal de “CONECTAS Direitos Humanos”, uma das várias ONGs que combatem o “encarceramento em massa” e defendem os direitos… dos manos. Perguntado pelo repórter se a solução para o problema da superlotação carcerária (problema que inegavelmente existe) seria a construção de novas penitenciárias, o cidadão (morador do país no qual em 92% dos homicídios o assassino não é sequer identificado, que dirá capturado) responde, do alto de sua sabedoria de “especialista”: “Não! A solução é prender MENOS!”

Ano que vem o relatório vai ser divulgado em 1º de abril?

Atualização: sobre o tema, não deixem de assistir ao vídeo do Roberto Motta (link abaixo) 👇https://www.facebook.com/m.rochamonteiro/posts/2411898709035874